sábado, 24 de dezembro de 2011

As crônicas das guerras espirituais (23.12.11)

Hoje decidi que iria pregar a noite. Minha bicicleta está na oficina do “Dr. Braw” (Cleiton) passando pela sua quarta reforma. Agora seu nome será “Delorean” uma referência ao filme de Volta para o Futuro e que fará o apelido que dei ao Cleito enfim ter sentido.
Liguei para o irmão Eduardo para saber se ele iria. Torcia para que ele não fosse, pois estava ansioso para pregar mais uma vez sozinho. É regra minha inspirada na Bíblia: Só devo pregar só quando não houver ninguém para me acompanhar. Mas o Eduardo disse que iria.
Como agora o Eduardo tem motocicleta combinei que iríamos pregar usando a moto como meio de locomoção, indo com maior rapidez aos vários pontos do Bairro Vicente Pinzon (Serviluz, Castelo Encantado, Praia do Futuro, Cidade Baixa, Mucuripe e Beira-mar). Iríamos pôr o Vicente Pinzon de cabeça para cima, disse com entusiasmo para o Eduardo.
O fato de ir na garupa da motocicleta me fez usar meu blusão paquistanês de motoqueiro, que comprei pela quantia de quase um salário mínimo (500 reais em valores atuais). O blusão foi o primeio acessório para me dá velocidade em meus intinerários pessoais e evangelíticos.
Minha primeira pregação foi com o blusão paquitanês, que por sinal é muito bonito e estiloso, de tal forma que deixa qualquer motoqueiro vaidoso com inveja mais dele do que de outras motos mais sofisticadas e caras.
Preguei só, Eduardo não pode vir, disse que seu substituto em sua função proficional (porteiro) iria se atrasar para rendê-lo no serviço.
A pregação foi estupenda. Falei sobre se está preparado para o retorno iminente do Senhor Jesus. Disse aos ouvintes, as ruas da encruzilhada em que falava estavam repretas de pessoas curiosas e espantadas pela pregação abrasadora e ao mesmo tempo inquiridora. Disse as pessoas, com contundência e ousadia (num momento chamei-as de raça de víboras), que se não tivessem o Espírito Santo em seus corações, elas estariam irremediavelmente perdidas. Condenadas ao inferno, ao juízo final e ao terrível escuro, tenebroso e quente Lago de Fogo. Num momento um motqueiro, sem camisa, cheio de tatuagens e visivelmente drogado tentou se exibir dando um volta ao meu redor. Mas ele nem sequer conseguiu fazer a volta completa, porque eu falei (falava) em antecipação ao seu movimento sobre a vaidade dos que achavam serem alguma coisa depois que compram uma moto ou um automóvel. Disse que isso não significava nada. Que Deus não olha a aparência e os tolos bens dos homens. Antes de acabar o giro sobre mim o motoqueiro já estava enrrascada gafe que se pós por sua arrogância. Fico com cara de tacho e sem jeito. Saiu com o rabo entre as pernas. Seu movimento foi vexatório. Já que minha frase final de chamar de idiotas tais pessoas lhe caiu em cheio como um carapuça.
Fui até a casa de minha mãe e depois de tomar uma ducha e me refrescar, vesti meu velh o sobretudo de pregador-profeta e me dirigi a praçinha S.Francisco do Serviluz, dando um volta clássica de apresentação pelo bairro, sendo admirado por crianças e todos por uma indumentária tão incomum.
Na pracinha, depois de cantar o hino “Aonde você vai sem Deus” do Vitorino Silva, falei do amor de Cristo, do perdão da cruz, da salvação simple e direta da mensagem das Escrituras. Senti graça e unção. Motoqueiros paravam para ouvir. Um velho amigo de infância também parou e ficou ouvindo escondido o seu antigo amigo. Só o vi quando terminei de pregar. Foi tocante, poderos e iluminador.
Depois fui caminhando até a casa de meu sogro, onde estão minha esposa e filhos passando as férias escolares. E lá quase que por bricadeira fiz outra pregação, tendo como ouvintes minha esposa e seus sobrinhos e outras pessoas que estavam numa lachonete. Falei de Jonas, o profeta, que tem o mesmo nome de um dos sobrinhos da minha esposa que está desviado. Disse que aquele Jonas tentou fugir da presença do Senhor, mas isso é impossivel! Deus está em todo lugar e vê tudo. Nada pode ser feito sem que Deus não sabia e cuide de deixar pistas ou testemunhas para evideniciar os pecados dos homens. Citei o caso da menina que fora morta pelos próprios parentes, falo do caso Nardoni que repercutiu na mídia há alguns meses. Nenhum crime é perfeito porque Deus existe, e se Ele quiser tudo pode ser desvendado ainda aqui, antes mesmo do juízo final (1Tm 5.24, 25). Deus muitas vezes não revela as coisas ainda nessa vida por misericórdia.
No final, minha filha Maria Quézia me deu dois bombons e dois copos d’água. Fui pra casa e escrevi isso alegre e satisfeito em Cristo Jesus.

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