sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A condenação eterna do Lago de Fogo e o deus fraco das Testemunhas de jeová e dos Adventistas do sétimo dia


C.S. Lewis em seu livro “O grande abismo” discorreu com maestria sobre o Inferno, lugar provisório onde ficam as almas perdidas. É comum se juntar o Inferno e o Lago de Fogo como sendo o mesmo lugar, mas na verdade os dois lugares são distintos, o inferno é o lugar da alma-espírito morto (separado do corpo) ficar provisoriamente até o juízo final, se assemelhando muito com a cadeia, enquanto o Lago de Fogo é o lugar definitivo do castigo eterno onde os condenados após o juízo final serão enviados, muito semelhante a penitenciária do nosso sistema judiciário. A diferença básica do inferno para o Lago de Fogo é que naquele apenas as almas (mentes, vontades e emoções) dos infiéis são perturbadas, enquanto que no Lago de Fogo o tormento é tanto para a alma como para o corpo, que após o juízo receberá o galardão da injustiça (2Pe 2.13; Rm 2.6), tomando os “açoites” conforme as más obras (Lc 12.48; Mt 16.28).
O tormento do Lago de Fogo, ao contrário do Inferno, que tem seu tormento numa condição mais semelhante aos nossos pesadelos (por isso que muitos agora no inferno ainda não estão convencidos do estado de perdição, Jd), abrangerá todos os sentidos físicos: Visão (todos ali estarão sem nada enxergar, entregue as trevas exteriores); Audição (ouvindo os gritos de lamento dos condenados com seus ranger os dentes de dor); Olfato (cheirando o enxofre e fedor dos corpos em putrefação cheios de bichos nas eternas chamas); Tato (sentindo o ardor eterno das labaredas infernais) e o  paladar (suprido da água e dos alimentos, numa desesperada sede e fome).
O condenado do Lago de Fogo é desprovido de tudo ligado a Deus: cores, beleza, brilho...todas as coisas belas e sábias criadas por Deus lhe serão negadas. O condenado as eternas terríveis águas de fogo daquele Lago parado é vazio de tudo que tivera na vida terrena. Restará apenas a consciência das perdas atiçadas ou estimuladas em seu corpo de ressurreição de morte oriundo da semente da vida desprovida da fé em Jesus Cristo.
Em minhas reflexões do estado final dos perdidos no Lago de Fogo cheguei a conclusão que a condição dos condenados é tão ignóbil, tão nojenta e desprezível que qualquer mosca doméstica ou barata dessa vida tem mais dignidade e valor que aqueles eternamente desprezados. Só não são mais desprezíveis porque infelizmente EXISTEM. Existem apenas para glorificar a Deus em sua justiça e eternidade, pois se tivessem sido condenados a simplesmente serem aniquilados na inexistência Deus não seria tão glorioso e infinito. Mas Deus é assim e por isso o castigo é no sentido inverso glorioso e infinito.
Sim, o Lago de Fogo tem a função de glorificar a Deus, ele mostra o quanto o pecado contra Deus é grave, o quanto o sacrifício de Jesus foi sublime e indizível. Uma teologia sem Inferno e Lago de Fogo de eterno castigo é uma teologia dos falsos deuses, de um deus insignificante, sem majestade e eternidade. O deus das testemunhas de Jeová, dos adventistas do sétimo dia e dos espíritas, que não creem no castigo eterno dos infiéis é um deus de quinta categoria, que não merece ser temido e que toda a blasfêmia e insulto é menos que mexer com um reles cachorro bravo com uma vara longa. Como disse o Hulk no filme “Os vingadores”, quando surrou o alegado deus Loki: é um deus fraco! 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Comentário de Mt 5.19


texto original grego:
ος εαν ουν λύση μίαν των εντολων τούτων των ελαχίστων και διδάξη ουτως τους ανθρώπους ελάχιστος κληθήσεται εν τη βασιλείατων ουρανων ος δ αν ποιήση και διδάξη ουτος μέγας κληθήσεται εν τη βασιλεία των ουρανων Mt 5.19
tradução direta:
“Qualquer, pois, que descumprir um destes pequenos mandamentos e assim ensinar aos homens
será chamado o menor no Reino dos céus, o que pratica e ensina, este será
chamado grande no Reino dos Céus”. Mt 5.19

A expressão grega  των εντολων τούτων των ελαχίστων está toda em um mesmo caso grego, o genitivo, que tem a função de adjunto adnominal, devendo ser vista numa única expressão, e não como tem feito as traduções que vertem “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja,” deste modo passa a ideia de que Jesus esteja falando de dois tipos de mandamentos: os maiores e os menores, mas pelo original, o texto está se referindo especificamente aos menores mandamentos, e não aos dois, sendo melhor traduzida como eu fiz: "Qualquer, pois, que descumprir um destes pequenos mandamentos". Jesus estava estimulando a guarda acurada ou esmerada dos mandamentos da lei, em todos os seus pontos, o verso posterior, o 20,deixa isso bem claro: “Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e farizeus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus”. As traduções como estão, dão a entender que o cristão cumprindo ou não os mandamentos irá para o Reino dos Céus, a diferença estaria que uns seriam maiores e outros menores no Reino dos Céus, mas todos irão ao Reino dos Céus independentes de cumprir ou não os mandamentos de Deus. O que não se coaduna com o cristianismo bíblico. O verdadeiro cristão é salvo porque em Cristo cumpriu pela fé toda a lei, mas sendo nascido de novo, continua a cumprira lei em sua vida cristã nos mínimos mandamentos. 

A distinção de embriaguez e bebedice


Em 1Pe 4.3 temos duas palavras interessantes para mostrarmos que a Bíblia é tanto contra a embriaguez como a bebedice, em que esta última teríamos apenas o uso das bebidas alcólicas sem necessariamente a pessoa se embriar. As palavras gregas são OINOFLUGÍA e PÓTOS, a primeira deriva da junção de OINOS (vinho) e FLÚO (desbordar, derramar) e a segunda deriva do vocábulo grego PÓSIS que se refere a ação de beber. O problema é que muitas traduções têm escolhido para traduzir o sentido da palavra OINOFLUGÍA o termo mais desconhecido na língua portuguesa que é borrachiche ou borracheira, e isso acabou por ocultar que a Bíblia tanto condena a embriguez como a bebedice. Estando em um mesmo versículo a distinção é muito clara.
Ainda no mesmo verso encotramos a palavra KÔMOS que se refere ao excesso de comida, a nossa expressão “cômico” vem dessa palavra grega, e aponta as pessoas que  por comerem demais ficam gordas.