quinta-feira, 3 de março de 2011

Eclesiastes 3.17-21
17 ειπα εγω εν καρδία μου συν τον δίκαιον και συν τον ασεβη κρινει ο θεός οτι καιρος τω παντι πράγματι και επι παντι τω ποιηματι
18 εκει ειπα εγω εν καρδία μου περι λαλιας υιων του ανθρωπου οτι διακρινει αυτους ο θεός και του δειξαι οτι αυτοι κτηνη εισιν καί γε αυτοις
19 οτι συνάντημα υιων του ανθρωπου και συνάντημα του κτηνους συνάντημα εν αυτοις ως ο θάνατος τουτου ουτως ο θάνατος τουτου και πνευμα εν τοις πασιν και τί επερίσσευσεν ο ανθρωπος παρα το κτηνος ουδεν οτι τα πάντα ματαιότης
20 τα πάντα πορευεται εις τόπον ενα τα πάντα εγενετο απο του χοός και τα πάντα επιστρεφει εις τον χουν
21 και τίς οιδεν πνευμα υιων του ανθρωπου ει αναβαίνει αυτο εις ανω και πνευμα του κτηνους ει καταβαίνει αυτο κάτω εις γην


17 Disse eu em meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio porque a tempo para todas as coisas e para toda obra;
18 ali, disse eu ainda no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais.
19 Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais: a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são passageiros (transitórios). 20 Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão.
21 Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?

Comentário: Este texto, muito usado pelos materialistas e crentes que o homem não possui uma alma-espírito imortal, é facilmente esclarecido quando o lemos dentro de seu contexto, o verso 17 é a base de todo o entendimento da passagem. O juízo de Deus é o que diferenciaria o homem dos animais. Se não houvesse um juízo de Deus para os homens, eles de fato não seriam diferentes dos animais, já que na morte, no momento fatal, tanto os homens como os animais têm um mesmo fim, ou seja, são levados à decomposição física.
O versículo 21 a palavra grega πνευμα tem o sentido de fôlego, de respiração, e não de espírito no sentido de parte imaterial que sobrevive a morte do seres humanos. O contexto demonstra isso claramente. Em passagens bíblicas como Jó 34.15 e Is 42.5, em que a distinção entre o fôlego de vida e o espírito são explicitamente percebidos. Assim, podemos concluir que o termo grego PNEUMA (espírito) abarca não apenas um significado, mas vários, e o contexto é fundamental para decidir qual aquele que mais se adéqua a cada passagem especificamente: Jó 34.14 “Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego,”. Fica claro por este versículo que o fôlego de vida é distinto do espírito.
Is 42.5 “Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela”. Aqui também vemos que a respiração é diferente do espírito humano.

Os animais não possuem espírito incorruptível, mas o espírito ou fôlego de vida, o que seria a respiração que também o homem possui, notem:

Is 31.3 “Porque os egípcios são homens, e não Deus; e os seus cavalos, carne, e não espírito; e quando o SENHOR estender a sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, como cairá o ajudado, e todos juntamente serão consumidos”.
Gn 7.22 “Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu”. A expressão “narinas” deixa claro que se refere à respiração.